Lucy Fortune
"The right hand of the devil"
Theme Song: Reflections
"Sometimes I hear a voice telling
Through my passions
That I have no choice but my
Fate and its reasons
Reflections on obsessions
Obsessions of the reflections
It is strange, this feeling
Obsessions of the reflections
Reflections on obsessions [...]"
Teaser Bio (Portuguese only)
Fortuna s.f. Estado, condição: Êxito, sucesso, felicidade.
Sim. Afortunada era. Bons pais, bons irmãos, boa pessoa. Seu sorriso valia mais que ouro e seus olhos excêntricos iluminavam a avenida. Todos sabiam o quão afortunada era a pequena duquesa, o quão doce era, o quão rica e especial. Apesar da fortuna daquela família, aquela menina e seus ideais dedicavam o tempo livre para ajudar as pessoas. Erradicavam seus bens em prol altruísta para com os outros, queria ser uma escritora quando crescer, ou algo relacionado com o mar, para que viajasse para terras distantes sem lhe dizerem o que fazer. [ . . . ]
Mentira!
Mentira crua e deslavada. Mentira, imagem, projeto, impressão, ludíbrio. Um breu de mentiras impostas pela mídia. Mas era tudo uma questão de imagem. O submundo sobrevivia em segredo porque mantinha suas imagens ilesas sobre a mente de suas vítimas zombificadas. Sua família "afortunada" tinha a base da fortuna no mercado negro, vendendo órgãos e leiloando pessoas de alto porte para as almas doentias que buscavam alimentar sua iniquidade. A base dos Fortune era a iniquidade, assim foi por gerações. Desempenhavam um grande papel no submundo Europeu, sendo a principal vertente de manterem-se em sigilo da Yard tola durante décadas. Eram reconhecidos pela sua inteligência, audácia e é claro -Fortuna! Ah, envolviam-se em tantas atrocidades desumanas e sempre terminavam ilesos, inocentes. Se não é sorte, o que seria?
Deus quem não era,
pois Ele os abandonou a muito, muito tempo.
Loucifre é um caso raro de esperança na família, adotou a crença no outro mundo e na compaixão Divina aos cinco anos quando acreditou ser salva por um anjo em uma tentativa de assassiná-la por um dos colegas de seu pai. Depois da experiência quase-morte, sua curiosidade levou-a a aprofundar-se mais e mais em ocultismo e misticismo, muitas vezes trazendo enfermidades para seus demais devido a influência sobrenatural que aquilo exercia na casa e nas pessoas de seu convívio.
Aos sete anos, digamos que sua vida em casa, atrás da imagem perfeita falsa que os Fortune construiram na sociedade, ela sofria. A rigidez da mãe, a perversão do pai e a grosseria do irmão eram apenas uns dos elementos que fazia sua vida ser um inferno. Encontrou paz nas trevas e invocou um dos demônios mais poderosos da goetia,contratando com ele - Seu motivo e determinação para fazê-lo é mantido em sigilo com suas garras e dentes até hoje. E digamos que foi aí que a fortuna dos fortune começou a se desmanchar. Lucy era solitária, ingênua, boba e sonhadora, tendo apenas duas amigas em sua vida colegial que a acompanharam até hoje. Mesmo assim, nenhuma das duas se sentem confortáveis na presença de seus "outros amigos" que não podem ser vistos por olhos carnais ou pessoas desprovidas de dons, isso além de trazer-lhe uma imagem de alienação para os céticos que compunham a massa, foi suficiente para que todos começassem ver a "pequena prodígio perfeita dos fortune" com outros olhos, foi o primeiro fator a desencadear a vergonha da família. Como castigo, eles isolaram ela das demais crianças em um sanatório durante seis meses.
Se envolvia com coisas mais negras do que o mercado negro da família, trazendo muitos de seus ideais à loucura e alucinações - coisas nas quais ela estava acostumada. E pela primeira vez, a pequena Fortune foi rodeada de desgraças, sendo conhecida como um sinal de mau agouro já que toda vez que se aproximava de algum lugar, algum evento catastrófico tomava conta de lá. E esses eventos iam desde combustão espontânea humana até acidentes extraordinários, a "pequena fortuna" foi o pior karma que aquelas pessoas poderiam ter. As pessoas mais superticiosas de Sheoul crêem que a catástrofe foi causada por seus "poderes diabólicos". E os Fortune? Seu pai desapareceu, sua mãe perdeu o dinheiro no cassino e seu irmão morreu na guerra.
Imagem era tudo, imagem compunha o submundo e o submundo não iria arriscar sua fonte por causa de uma criança que só trazia problemas, independentemente dos laços desprezíveis que tinham com esta. Sua mãe não hesitou em pô-la a venda para dar um basta em sua existência e se livrar de uma boca para alimentar e, devemos dizer que foi o melhor leilão que já fizeram.
Os compradores apostaram até suas almas
para possuir aquela menina bizarra.
Ela era uma Fortuna!